sexta-feira, 5 de junho de 2015

Into The Void | Zine lançará sua primeira edição



Por jaime "Netão" Guimarães

Será lançada na próxima quarta-feira, 10/06, a primeira edição do zine Into The Void. O meterial sairá em duas versões, impressa e digital, e trará entre os conteúdos de suas 14 páginas entrevistas com as bandas Witching Altar (PE), Ungraver (RN) e Caverna (PB), além de reviews e matérias sobre Venomous Breath (PB), União Headbanger RJ e Refúgio Macabro.

O material sairá em preto e branco, na versão de papel, e custará a bagatela de cinco reais, com envio para todo o país. Já a versão digital será disponibilizada colorida e  gratuitamente na página do Into The Void.

O fanzine é de realização de Feliphe Desintegratör, membro das bandas Endless Brutality, Vinterskogen e Ungraver, da cidade de Assu (RN).


Para mais informações: www.facebook.com/feliphe.disintegrator

666!

terça-feira, 2 de junho de 2015

Tour Report | O Underground na Estrada - Parte II

Antes de tudo, se não viu a Parte I, leia aqui.

Jairo, Sauron, Vinícius e Thiago(Batatão)


Por Jaime "Netão" Guimarães

Após meses de preparação, finalmente estávamos prestes a de fato começar a turnê. Embarcamos no avião em Recife, com destino à cidade onde daríamos início aos shows, Salvador. Quem nos pegaria no aeroporto seria nosso amigo Caio Rohr (RCE), pois o Victor teve um contratempo com o carro em Minas Gerais e só poderia nos encontrar no sábado. Desembarcamos no aeroporto e esperamos o Caio, que logo apareceu, e se assustou com o tanto de malas que trazíamos (risos). Era manhã de sexta-feira, e dali iríamos direto para o local do evento, onde já havia uma galera nos esperando. Decidimos então colocar todas as coisas no carro do Caio e irmos de ônibus até onde o evento seria realizado.

No Aeroporto mesmo pegamos um ônibus com destino ao bairro do Patamares, onde aconteceria o evento. Estávamos muito cansados, alguns aproveitaram pra cochilar durante o trajeto e outros aproveitaram pra olhar a cidade pela janela do busão. Quando chegamos à casa de shows onde o evento seria realizado já havia gente nos esperando, estavam lá os Brothers Alexandre Disgracedeath e Israel Ferrão, da Heretic Execution, banda que tocaria conosco naquela noite, e também o Murilo Muniz. Descarregamos as tralhas todas e tomamos café lá, enquanto uma velhinha, dona do local, nos enchia de perguntas. “Vai dar umas mil pessoas hoje?”(risos)

Logo em seguida fomos até a casa do Alexandre, onde descansaríamos antes do show. Fomos muito bem recebidos por ele e sua família. Tomamos banho lá e dormimos algumas horas. Após acordarmos estavam abertos os trabalhos etílicos, começamos a beber e escutar som, enquanto não dava a hora de voltar para o local do show. Alexandre nos apresentou uma maldita cachaça de gengibre, da qual tomamos umas três garrafas. Algumas horas mais tarde o Caio reapareceu para nos buscar.

Já de noite, no local do show, começamos a nos aprontar pra tocar. Encontramos lá alguns amigos que só conhecíamos pela internet , também o Eucini Santy (Heretic Execution), que estava organizando o evento, e o Carlos Alberto (Cadaverise), que já tínhamos conhecido em Campina Grande e que tinha saído de Teresina (PI) pra pegar dois shows da nossa tour. A galera começou a chegar e as apresentações começaram. Primeiro tocou o Caverna e em seguida a Venomous Breath. Para todos nós esse primeiro show foi muito importante, pois seria o termômetro para a turnê. E Foi bastante satisfatório, o público se matou durante os shows e curtiu bastante (os soteropolitanos são insanos!). Fechando o evento se apresentou a Heretic Execution, com seu Death Metal podre e urrado. Uma noite foda! Também fomos muito bem na venda de merchan, o que de certa forma nos impressionou.

Primeiro show da turnê - Salvador - 09/01/2015


Terminado o evento, seguimos para a casa do Caio, onde dormiríamos e encontraríamos o Victor no dia seguinte, pra seguir viagem. O Robson Desgraça(Desgraça Zine) nos ajudou e levou metade da carga em seu carro. Ainda tentamos buscar um local pra tomar uma saideira, sem sucesso. Só nos restou um papo no estacionamento do Habib’s (Tudo em Salvador é caro, inclusive o Habib’s).

Após uma noite de sono acordamos e passamos o dia na casa do Caio ouvindo som e conversando, esperando o Victor chegar. Já era noite quando finalmente o doblô chegou. Lembra daquela pergunta que nos fazíamos antes? “Será que essas malas vão caber no carro?”, pois bem, era hora da verdade. (risos). Assim que o Victor chegou começamos a montar o quebra-cabeças, encaixar sete pessoas e meio mundo de malas em um doblô. O victor reclamou, disse que tínhamos trazido muita coisa. Mas já era tarde e tínhamos que viajar 150 km até Alagoinhas, onde tocaríamos naquela noite. Esvaziamos algumas malas e deixamos na casa do Caio pra pegar na volta. Surpreendentemente conseguimos encaixar tudo no carro, a duras penas, e seguimos viagem.

Sim, isso é dentro do carro (risos
No caminho fomos colocando o papo em dia com o Victor, que não víamos pessoalmente desde dezembro. O aperto era grande  e urgência de chegar em Alagoinhas também, pois o evento já estava pra começar. Quando chegamos no local do show, infelizmente o evento já tinha começado e nós perdemos apresentação de uma das bandas, a Ímpios. Vimos o show da Braincancer, que foi do caralho. Montamos nossa banquinha e esperamos o momento de nos apresentar. Infelizmente o público não compareceu em grande número, porém os que foram não deixaram a desejar, foram shows muito energéticos.

Nosso amigo Lucas Andrade (Braincancer) nos levou para uma pousada, onde dormiríamos, mas não tinha mais vaga e nós decidimos pegar direto para a próxima cidade, Vitória da Conquista. No entanto, a cidade ficava a uma distância considerável e não era viável irmos com o carro cheio de malas como estava. Então resolvemos mandar um herói de ônibus e levando um monte de bolsas, pra aliviar o espaço; esse escolhido foi nosso baixista Jairo Tellys.

Tentando encaixar tudo - Rodoviária de Alagoinhas

Sem dormir, partimos direto para Vitória da Conquista, que fica a uns 400 km de distância. Então lá estávamos nós, cortando o Estado da Bahia em direção ao sul; muito asfalto e conversa embalados por calamidades sonoros do tipo Death Breath.

Chegamos em VCA ainda de tarde e fomos direto pra casa de show, um espaço chamado Cocafé, um bar no estilo pub com uma ótima estrutura e cheio de quadros de astros do Rock N’ Roll. Lá encontramos o Caio, organizador do evento e baterista da Bastard, banda de Death Metal que também tocaria naquela noite de domingo. Lá reencontramos grandes amigos, Maurício Sousa (Escarnium), Tarcísio Spirit Crusher (Suffocation of Soul) e conhecemos outro tanto de bangers. Jairo, que tinha ido de busão, só chegou umas quatro horas depois, cheio de malas. (risos)

O evento começou e logo de início já se mostrava promissor: adolescentes com camisas pretas já bêbados e vomitados pelo chão do bar. Um show desse não tem como dar errado, eu pensei. E estava certo, pois foi um dos shows mais insanos da turnê, que àquela altura acabava de ter começado. O público compareceu em peso, todos batendo cabeça e enchendo a cara. Inesquecível.

Caverna em Vitória da Conquista

Brothers no final do show de Vitória da Conquista

Após o termino do evento fomos para onde dormiríamos e passaríamos os próximos quatro dias. O caio nos disse que ficaríamos hospedados na empresa do seu pai; de início estranhamos, mas quando chegamos lá tivemos uma grata surpresa. Era uma imensa empresa distribuidora de gás, e dentro dela tinha uma casa de primeiro andar, com direito a ar condicionado e tudo. Era tudo  que precisávamos, descansar. Antes ainda tomamos algumas cervejas e nos despedimos de alguns amigos.

Enfim, iríamos curtir os primeiros days off. Na segunda-feira saímos para conhecer a cidade e já nos programamos pra biritar. Onde estávamos tinha uma geladeira cheia de uma tal de cerveja chamada Colônia. Segundo o Caio, o seu pai trouxe um grande carregamento daquela cerveja do sul pra vender na região, mas a marca não vingou. Sorte a nossa, pois tinha cerveja aos baldes. Ficávamos as noites enchendo a cara de cerveja enquanto o careta do Sauron se fazia que trabalhava (ele trampava pelo computador todas as madrugadas. Conseguiu enganar a empresa).




Durante nossa permanência em Vitória da Conquista o Victor aproveitou pra dar uma turbinada no carro. Mandou colocar um bagageiro e colocou molas pra que o doblô ficasse mais alto; tudo em prol de uma viagem mais confortável. Pra nós foi como se tivéssemos tirado na loteria, tamanha era a alegria de ver o doblô from hell a todo gás.

Continuamos na cidade até a quinta-feira, curtindo o frio (sim, faz um frio lascado lá) e bebendo sempre que não estávamos fazendo nada, que era todo dia e toda hora. De lá partiríamos para a segunda semana da turnê, que se iniciava em Atibaia (SP). No entanto, antes atravessaríamos o glorioso Estado de Minas Gerais.


Continua na parte III, em breve.

666!